sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Só por hoje.

Havia coisas a ser enterradas. De fato, a maioria delas foi, mesmo.
Mas, nem só de maiorias o mundo é composto.
Sobraram partes. Espólios. Cicatrizes que ficaram e o resto, que está seguindo.
Não sei quanto tempo vai durar, por quantos dias os fantasmas vão invadir os sonhos, e nem, realmente, quanto de esforço está sendo colocado nisso.
Mas, de qualquer forma, eu só espero que o tempo passe.
Porque, sinceramente, hoje, eu só quero que o dia termine bem.

'-Pra quê mentir?
Fingir que perdoou?
Tentar ficar amigos, sem rancor?
-A emoção acabou. Que coincidência é o amor.
A nossa música nunca mais tocou.'

terça-feira, 25 de novembro de 2008

É justo levantar a voz, quando se tenta reduzir um homem ao silêncio? Sim.

Todos nós temos necessidade de ser olhados. Podemos ser classificados em quatro categorias, segundo o tipo de olhar sob o qual queremos viver. A primeira categoria procura o olhar de um número infinito de olhos anônimos, em outras palavras, o olhar do público. (...)Na segunda categoria, estão aqueles que não podem viver sem o olhar de numerosos olhos familiares. São os organizadores incansáveis de coquetéis e jantares. (...)Em seguida, vem a terceira categoria, a dos que têm necessidade de viver sob o olhar do ser amado. (...)Por fim, existe a quarta categoria, a mais rara, a dos que vivem sob os olhares imaginários dos ausentes. São os sonhadores.


A insustentável leveza do ser.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Acho engraçado:
-todo mundo exerce pressão, mas, ninguém ensina o caminho.

sábado, 8 de novembro de 2008

mudanças.

Quando você se afasta da tua realidade, por algum motivo que você, basicamente, desconhece, você espera que, ao seu retorno, tudo esteja mudado.
Foi o que aconteceu comigo, quando resolvi me internar: Eu esperava alguma coisa nova, na minha vida.
Mas, aí, você sai, de onde quer que você tenha se enfiado, percebe que seu trabalho continua enfadonho, sua família continua exatamente a mesma, a geladeira da tua casa não mudou em nada, o que inclui até o pedaço do bolo da tua festa de aniversário, que continua lá, teu namorado continua o mesmo, teus amigos ainda são os mesmos. E os medos, as angústias e as saudades e todas as tuas dores.
Seus fantasmas ainda estão vivos.
Você percebe que passou um tempo fora, esperando que um milagre acontecesse, e com um aperto no coração, e um pesar sob os olhos, você se dá conta de que nada mudou, na sua ausência.
Exceto, é claro, você, talvez, um pouco.