quinta-feira, 30 de abril de 2009

Coisas que preciso externar.

1°- Divagando:
-É sobre um suicida. Um cara suicida que se amava demais pra se matar e, por isso, acabava machucando todas as pessoas ao seu redor. Todas as pessoas que o amavam.
-Entendo.
-Quantas pessoas você já machucou?
-Vinte e duas.
-Vinte e duas?!

2°-Lembrando:
-Seu coração tá acelerado. Por quê?

3°-Respondendo:
-Alguma verdade tinha que ser dita em meio a tantas mentiras.

4°-Comunicando:
-Consegui entrar pro rol dos estagiários do Labi.

5°-Sentindo:
-Me diz uma verdade?

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Há dias que fazem uma aula valer a pena.

Pra um aluno medíocre, uma resposta medíocre:

-Mas, professor, eu ainda não entendo isso.
-Peraí, você não tá entendendo o que eu tô explicando, ou você tá negando a evolução?

Bravo, Odair!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Amor, eu sinto a tua falta.

Te perdôo pela física lembrançado teu corpo
a preencher o vazio do meu leito
nestas noites sem sono
pelo punhal que esqueceste
cravado em meu peito
pela cicatriz do abandono

Te perdôo pela monotonia
dos relógios
pela lentidão dos calendários
por teus vestígios
espalhados pela casa
os vidros de perfume na penteadeira
vestidos esquecidos
nos armários
e te perdôo pelo meu ciúme
a vida inteira

Já consigo te perdoar
por quase tudo
e aceitar o fim


Só não te perdôo
por seres tão feliz
longe de mim






acontece, às vezes.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Quote.

"-Por que você tem que ser tão básica? Eu estou falando sobre querer um homem. Sobre querer um homem com todos os seus poros."
(Viver mata)

Sabe como é; o lance de compartilhar não é necessariamente útil.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

-Olhando pra você, agora, eu fico pensando que acho que nunca vi você feliz, de verdade. Aliás, eu nunca tenho certeza se você tá feliz mesmo, ou não, mesmo quando você simplesmente parece feliz.
-E aí?
-E aí que, na verdade, eu nunca sei se você tá feliz, se você é feliz, ou se já foi feliz, de verdade, em algum momento.
-E quem é que sabe?
-Você deveria.
-Só se eu já tivesse sido.
-É, faz sentido.
-É, eu sei que faz.


Essa conversa aconteceu alguns dias antes de eu ir pra clínica. De fato, explica alguma coisa. Ou, não.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Então; o tempo está passando e algumas coisas simplesmente não estão mudando. Aqueles sentimentos ainda estão aqui, mas, aliado a eles, aparece agora a sensação de desamparo e um medo cada vez maior. Não sei exatamente do que se trata o tal medo, mas, é fato, ele ainda está aqui.
Não sei o que fazer.

"E nossa historia não estará pelo avesso assim sem final feliz
Queremos coisas bonitas pra contar
E até lá vamos viver, temos muito ainda por fazer
Não olhe pra traz, apensa começamos
O mundo começa agora, apenas começamos..."

segunda-feira, 13 de abril de 2009

I've kissed your lips and held your head.
Shared your dreams and shared your bed.
I know you well, I know your smell.
I've been addicted to you.


Limeira semana que vem.
Eu, sinceramente, deveria estar mais empolgado.

PS: ah, que saudade!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Sobre a internação.

Dizem que é com as experiências dolorosas que a gente cresce de verdade; então, resolvi escrever sobre coisas que aprendi na minha estadia pela Clíncia.
Acho que descobri que, em alguns casos, não importa o tamanho das paredes que te rodeiam, o sentimento de vulnerabilidade é inevitável. Aprendi, também, que, não são apenas as drogas que as pessoas usam que são capazes de as levar à loucura. Alguns sentimentos têm a mesma eficiência e são tão letais quanto.
Aprendi que as pessoas mais encantadoras e, em alguns casos, mais inteligentes, que eu conheci, simplesmente são incompreendidas. Em outros casos, é só loucura, mesmo. Não dá pra definir.
Outra coisa que me chamou bastante a atenção é o fato de que não importa o quanto você fuja, se esconda ou finja que não foi com você; seus traumas do passado sempre voltam pra te assombrar. Se não sempre, ao menos uma vez. O mesmo acontece com o julgamento do seu caráter. Alguém vai acabar achando que tem o direito de fazer isso, mesmo que você discorde.
Entendi, também, que, mesmo os objetos mais simples têm uso controlado. O fio-dental ficava na enfermaria, e alguem sempre nos dava pedaços.
Algumas pessoas têm essa capacidade de se solidarizar com as tristezas alheias, e isso ficou claro, pra mim, num dia de particular sentimento de solidão, quando eu chorava compulsivamente e a pessoa de quem eu menos esperava ajuda, me ofereceu dignamente um lenço e um pedaço de chocolate.
Por falar nisso, chocolate é um ótimo companheiro nos momentos confusos. Acho que aprendi isso com o cara viciado em cocaína que me levava um pedaço todos os dias, antes de eu ir dormir. Era engraçado vê-lo batendo na porta do meu quarto pra me dar um pedacinho de chocolate. Me sentia digno disso.
Talvez eu fosse, de fato.
Mas, a constatação mais importante que eu fiz, ao sair de lá, foi perceber que esse tipo de coisas não acontece apenas dentro de um hospital psiquiátrico. As pessoas são loucas, incompreensíveis e vulneráveis onde quer que seja. A mim, só resta aprender a conviver com isso. Ou, simplesmente deixar pra lá.


É fato: essas lembranças só apareceram porque, ultimamente, tenho sentido as mesmas coisas que me mandaram pra lá, uma vez.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Goodbye.

It may be over but it won't stop there,
I am here for you if you'd only care.
You touched my heart you touched my soul.
You changed my life and all my goals.
And love is blind and that I knew when,
My heart was blinded by you.
I've kissed your lips and held your head.
Shared your dreams and shared your bed
.
I know you well, I know your smell.
I've been addicted to you.

Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.

-And it's all for you.