Te perdôo pela física lembrançado teu corpo
a preencher o vazio do meu leito
nestas noites sem sono
pelo punhal que esqueceste
cravado em meu peito
pela cicatriz do abandono
Te perdôo pela monotonia
dos relógios
pela lentidão dos calendários
por teus vestígios
espalhados pela casa
os vidros de perfume na penteadeira
vestidos esquecidos
nos armários
e te perdôo pelo meu ciúme
a vida inteira
Já consigo te perdoar
por quase tudo
e aceitar o fim
Só não te perdôo
por seres tão feliz
longe de mim
acontece, às vezes.
terça-feira, 28 de abril de 2009
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